Com o auxílio da Eletrofisiologia, estudo das propriedades elétricas das células, estamos descobrindo que alguns sintomas da doença de Parkinson estão relacionados à frequências elétricas cerebrais específicas. É como sintonizar uma estação de rádio: ao escolhermos uma frequência, sintonizamos uma estação; ao mudarmos essa frequência, sintonizamos outra estação. Do mesmo modo, estamos reconhecendo que um determinado sintoma da Doença de Parkinson (rigidez, por exemplo) está associado à frequências elétricas cerebrais específicas, enquanto outro sintoma (tremor, por exemplo) está associado a outra frequência.
Em uma pesquisa recentemente desenvolvida por nosso grupo de estudo, composto por membros da Engenharia Biomédica da Universidade Federal do ABC e Grupo de Neurocirurgia Funcional do Hospital Santa Marcelina de São Paulo, observamos que pacientes com predomínio de rigidez possuem frequências cerebrais diferentes de pacientes com predomínio de tremor. Esta descoberta ajudará nas novas perspectivas de tratamento neurocirúrgico baseadas em “sistemas inteligentes” de estimulação cerebral profunda. Estes sistemas, além de estimular com impulsos elétricos uma região específica do cérebro, responsável pelos movimentos anormais fazendo com que os sintomas melhorem, ainda serão capazes de “reconhecer e quebrar” as diferentes frequências elétricas associadas à esses sintomas (tremor e rigidez), proporcionando um tratamento neurocirúrgico mais personalizado e eficaz. Esses sistemas já estão sendo desenvolvidos e estarão disponíveis para uso em um futuro próximo.
Aviso: Estas informações foram de caráter meramente educativo. Para esclarecimentos especializados – somente um profissional de saúde habilitado pode diagnosticar doenças, indicar tratamentos específicos, e/ou prescrever medicamentos.
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